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Volta Redonda vence trauma da privatização da CSN, após quase 30 anos

  • Renata Puppi
  • 10 de dez. de 2021
  • 12 min de leitura

Atualizado: 7 de jan. de 2022

A cidade investiu em saúde e educação e se transformou em um polo de comércio e serviços



Após a privatização da CSN, Volta Redonda investe no setor de comércio e serviços. Foto: Fernando Pinto


A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) símbolo da industrialização do país inaugurou o ciclo de privatizações, no governo do presidente Itamar Franco, em abril de 1993. A CSN tinha muitos imóveis em Volta Redonda, cerca de 25% da área da cidade, que foram vendidos junto com a empresa, causando impacto na cidade e na vida dos seus moradores.


- Até hoje, a CSN tem um monte de terrenos na cidade e estes imóveis estão parados, lotes de terra em toda a cidade estão cercados e não são usados de forma nenhuma - disse o professor Célio Soares, coordenador do curso de história do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) e professor da rede pública de ensino de Volta Redonda.


Segundo Célio, o caso mais emblemático é o do Escritório Central da Usina, um prédio de 20 andares, que foi fechado, após toda parte gerencial e administrativa da empresa ter sido transferida para São Paulo.


- Hoje, ele é um prédio, que não serve para nada, um grande “elefante branco”, no centro da cidade - afirmou.


A CSN sempre teve uma relação paternalista com Volta Redonda e manteve muita proximidade com a cidade, prestando muitos benefícios à população. “Volta Redonda surgiu em volta da CSN, era uma Company Town, um modelo de cidade companhia, muito comum nos anos 50 e 60e por isso prestava muitos benefícios à população”, explica Célio.


Dentre estes benefícios estavam uma cooperativa que vendia alimentos, o posto de puericultura que prestava serviços de saúde como atendimento odontológico e distribuição de leite, o Recreio do Trabalhador (um clube para os funcionários ), a escola técnica para a formação da mão de obra e um hospital muito bem montado, que atendia, além dos funcionários da CSN, toda a população de Volta Redonda pelo SUS.


Após a privatização, em 1993, a nova administração da CSN fechou ou privatizou estes serviços, mudando A relação da empresa com a cidade.

A CSN fechou O posto de puericultura, deixou de distribuir leite em pó, a cooperativa deixou de existir, fechou uma farmácia que tinha no hospital, que vendia medicamentos a um custo mais baixo, fechou o “Recreio do Trabalhador”, a escola técnica da CSN tornou-se particular e o hospital deixou de atender pelo SUS e passou a atender só planos de saúde da CSN.

“, “O Hospital da CSN era muito bom , mas o padrão caiu”, disse a paisagista Araceles do Carmo Coutinho, ex-funcionária de uma empresa terceirizada, que prestava serviço para a CSN. Quando o hospital da CSN deixou de atender pelo Sus, “Quando nós perdemos o hospital da CSN, a prefeitura precisou investir na saúde, pelo SUS, afirmou oatual prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (DEM), mais conhecido como Neto.


“Hoje, o Hospital São João Batista, UHG (Unidade Hospitalar Gratuita) da prefeitura está atendendo muito bem, tem uma aparelhagem e uma junta médica muito boas, disse Araceles, que conto que na época da privatização, a população ficou perdida. “Nós ficamos meio perdidos porque tínhamos o posto de puericultura, onde eu fiz o pré-natal do meu filho , era uma referência para a gente que ia ser mãe. Os melhores médicos e os melhores pediatras estavam lá. A CSN acabou com isso tudo, contou. Segundo, a paisagista ,o Recreio do Trabalhador era referência, em recreação para as crianças e hoje, está abandonado.


”Aquilo tudo era uma referência em recreação, para as crianças e hoje, está abandonado e um matagal”, disse. A tradicional Escola Técnica PandiáCalógeras, que pertence à CSN e que tem tradição na formação de mão de obra para a indústria , tornou-se privada . “Quando eu era adolescente, a maioria dos alunos terminava o ensino fundamental e fazia prova para a ETPC, disse HenriNicholas, professor de Geografia da rede pública de ensino de Volta Redonda. Quando ela era estatal, os alunos tinham emprego garantido na CSN ,depois de privatizada, só os alunos melhores colocados conseguem emprego lá”, contou.

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De acordo com Rafael da Costa Lima, professor de Sociologia do Campus Volta Redonda da Universidade Federal Fluminense UFF, a CSN , ainda , é uma marca forte e criou uma espécie de dependência simbólica, na vida dos moradores da região. “ A escola técnica continua tendo uma certa “magia”, os alunos complementam a formação,fazendo estágio, dentro da CSN, embora a empresa não seja mais uma trajetória de vida, não é como antigamente em que a pessoa se formava na escola técnica e passava 30 ou 40 anos na CSN”, revela.“ “hoje, é muito comum ficar uns cinco anos na CSN para adquirir experiência e ir trabalhar em outras siderúrgicas do país. A CSN ainda é uma marca forte e criou o que eu chamo de dependência simbólica”, disse.


O prefeito Neto (DEM), culpa a classe política pela forma , como foi feita a privatização da CSN, em sua opinião, equivocada.


As vendas da CSN passavam por alguns políticos, que tinham uma cota de aço e somente eles poderiam vendê-la, explica Neto. “Faltou à classe política, quando soube que a CSN seria mesmo privatizada, que não teria mais jeito, deveria ter buscado uma solução melhor , em relação à sua terra, Na verdade não se privatizou só a indústria, vendeu-se toda uma cidade”, lamentou.


Para o professor Célio Soares, a privatização da CSN foi extremamente prejudicial para a cidade, gerou muito desemprego , crise econômica e caos social. O professor Célio explica que o enxugamento no quadro de funcionários começou , antes mesmo , da privatização, ocorrida em 1993.


“O desemprego veio antes, quando o presidente Collor nomeou , em 1990, Roberto Procópio Lima Neto como presidente da CSN, com a missão de preparar a empresa para a privatização e em três anos , demitiu 1\3 do quadro de funcionários da CSN, disse. Embora , em menor ritmo ,as demissões na CSN continuaram, nos anos subsequentes à privatização da empresa, durante o seu processo de reengenharia.


Com 44 anos e com a esposa com câncer, e com três filhas pequenas, José Maria da Silva, mais conhecido como Zezinho foi um destes funcionários dispensados, após a privatização.

“Fui demitido em 1997, após, 24 anos de CSN, durante o processo de reengenharia da empresa, no pós-privatização”, disse. “Muita gente foi demitida antes por causas políticas ou atuação sindical , outros saíram por acordo e quem tinha mais tempo de serviço, se aposentou, mas os mais novos com pouco tempo de casa ficaram “a ver navios””, contou Zezinho, que deu entrada na aposentadoria, logo após a demissão, já que trabalhava em uma área insalubre e tinha tempo de serviço para se aposentar.


“Na época, com 44 anos, com minha mulher acometida por um câncer e com três filhas pequenas e uma aposentadoria pífia, tive que procurar outro emprego para não morrer de fome, desabafou o ex-funcionário da área de química da CSN que se aposentou, mas teve que continuar trabalhando e conseguiu uma colocação naAssessoria de Comunicação de uma empresa e hoje, é um dos líderes do MEP ( Movimento pela Ética na Política), em Volta Redonda.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Sul Fluminense, com a privatização, a CSN fechou quase 20mil postos de trabalho e os que continuaram na ativa tiveram uma perda salarial de 47%.


De acordo com o especialista em administração Pública, Carlos Roberto Paiva, autor do estudo “Rearranjo da economia Siderúrgica Brasileira: Ganhadores e Perdedores com a Privatização da CSN” , a massa salarial da CSN, NO FINAL DA DÉCADA DE 80, GIRAVA em torno de U$258 MILHÕES POR ANO E, EM 1998, CINCO ANOS APÓS A privatização caiu para U$ 156MILHÕES POR ANO, U$ 102 MILHÕES que deixaram DE circular, NA CIDADE e acabaram afetando o comércio local.


“Antigamente, um funcionário da CSN que chegava para comprar na nossa loja, só o contracheque já era suficiente para dar um bom crédito, lembra Anacélia, que foi proprietária de três lojas de material de construção na cidade. “Eu tive que vender as lojas porque o movimento caiu 60%. A maioria dos clientes era funcionários da CSN que tinha um bom padrão de vida e caiu muito, contou Anacélia que , hoje, trabalha na área de paisagismo ,mas , na época teve que trabalhar com a irmã e tirar os filhos do colégio particular.

Segundo o professor Célio, Pequenas empresas fornecedoras, que abasteciam a CSN, também, quebraram ou saíram da cidade.


“Tinha um cinturão de empresas, que ficava no centro da cidade, que eram fornecedoras da CSN, que quebraram ou tiveram que sair da cidade porque a CSN passou a buscar menor preço com empresas de fora, ”, disse Célio, que criticou a CSN por não investirem Volta Redonda e nem no social.,


“Benjamin Steinbruch apenas paga impostos, não investe na cidade, pelo contrário, impaca o seu desenvolvimento, já que 25%das terras da cidade são da CSN, além de não investir no social, desabafou.


Para a CSN a privatização foi ótima, a empresa modernizou alguns setores, apesar da planta industrial muito arcaica , mas para a cidade de Volta Redonda, a privatização da CSN foi muito prejudicial, completou.


O prefeito de Volta Redonda Neto, acredita que após a privatização, investir no social é uma obrigação do poder público e não mais da CSN. Segundo o prefeito, “o poder público precisou vencer sem tudo aquilo que a CSN fazia .


“Eu sempre disse que entendia a posição do presidente da CSN, que tinha a obrigação de olhar os interesses dos acionistas e nós os interesses da população de Volta Redonda. A cSN paga os impostos , rigorosamente , em dia e nós usamos o dinheiro da melhor maneira disse.


Para Neto , o maior mérito que os gestores da prefeitura, tiveram foi mexer com a autoestima da população, que estava baixa com a perda de um grande número de postos de trabalho.


“Fizemos uma campanha para que as pessoas continuassem a acreditar em Volta Redonda. Usamos Personalidades nascidas em Volta Redonda como o ex-jogador de futebol, Cláudio Adão e figuras importantes na história da cidade como Dom Valdir Calheiros que foram para a TV e disseram “Eu acredito em Volta Redonda. Acredite, Você também” “, lembra Neto, que está no seu quinto mandato como prefeito da cidade e assumiu a prefeitura, em 1997, no pós privatização e levantou a autoestima da população, transformando Volta Redonda em uma cidade de serviços.


“Volta Redonda não é mais só uma cidade de atividade siderúrgica, passou a ser uma cidade de comércio e serviço. Hoje, Quase 40 mil PESSOAS trabalham no comércio de Volta Redonda”, disse Neto, que Fez um acordo com a CSN e criou uma substituição tributária, aumentando o ISS. Segundo o prefeito O ISS do município é de 10 milhões de reais por mês e a CSN ARRECADA APROXIMADAMENTE, R$ 2 milhões. A cidade Ainda é muito dependente da CSN na questão fundiária e de impostos. “A CSN representa 40% do IPTU da cidade e a prefeitura é , ainda, muito dependente do valor adicionado da empresa. A CSN representa 60%do ICMS do município . “Hoje, somos menos dependentes do que fomos quando levamos o “susto” da privatização”, disse Neto, que afirmou ter um bom diálogo com a CSN, apesar de alguns embates, no passado.


“Hoje, sentamos, para discutir o que é bom para a cidade e o que é bom para a CSN,PORQUE O QUE É BOM PARA OS DOIS É BOM PARA O TRABALHADOR DO MUNICÍPIO DE Volta Redonda e para a população da nossa cidade, disse.


Quase 30 anos, após a privatização, Volta Redonda sobreviveu. Hoje, Volta Redonda é uma referência, em educação com três escolas para pessoas com o transtorno do Espectro autista, uma escola para pessoas com deficiência visual, um espaço para o atendimento de pessoas com Alzheimer e seus familiares.


Com de 15 mil a 20 mil alunos estudando nas instituições de ensino superior públicas presentes na cidade como a Universidade Federal Fluminense (UFF), que tem dois campi na cidade, o Instituto Federal do Rio de Janeiro ou nas várias universidades privadas do município, Volta Redonda tornou-se uma cidade universitária.


A cidade, também, é um polo de atendimento de saúde para toda a região, com ,, cinco postos de atendimento de emergência 24 Horas, dois hospitais públicos, 46 postos de saúde da família, a policlínica da cidadania, no Estádio Raolino de Oliveira com diversas especialidades médicas que atende 5 mil pessoas por dia, 35 Centros de Referência de Assistência Social CRAS, atendendo a população da periferia. A cidade se tornou um centro comercial e de serviços com cerca de 20 supermercados, dois shoppings, além de contar com diversas áreas de lazer , como quadras esportivas, piscinas públicas, zoológico, cinemas e teatro.


Autoridades debatem a privatização


Sebastião Faria, ex-diretor de operações da CSN e presidente da estatal à época da privatização revelou que no início da década de 90 , a CSN investiu na usina Presidente Vargas mais de U$3 bilhões e. aumentou sua capacidade de produção de 2 milhões de toneladas para 4,6 milhões de toneladas, e foi vendida por U$ 1, 6 bilhões, quase metade do que havia sido investido


“Eu me bati muito, na época, para que privatizassem somente a usina e não os outros ativos da empresa e fui mal interpretado pela Comissão de Desestatização e pelo BNDES, que entenderam que eu era contra a privatização, mas Eu fui a favor, revelou.


Para mim, uma empresa estatal só se justifica, em caso da deficiência da iniciativa privada, explicou. Eu me bati muito quanto a questão do valor. Eu pedí reavaliação porque Duas empresas fizeram a avaliação e Houve uma diferença de preço de mais de 25% ,o presidente Itamar Franco foi a favor da reavaliação, mas pedido foi interpretado pela Comissão de Desestatização e pelo BNDES como se eu quisesse procrastinar o processo, disse Faria.


O prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (DEM) se diz indignado com a forma como foi privatizada a CSN. “A maneira como foi feita a privatização da CSN nos deixou indignados. as pessoas que viveram aquela época dizem que o valor do que ela tinha em estoque era maior do que o valor pelo qual foi vendida, afirmou. ”Venderam toda a cidade a preço de banana e muito do que se pagou foi com moedas podres, lamentou.


As grandes estatais criadas por Getúlio Vargas, como a Vale do Rio Doce, a Petrobrás e a CSN seguiam o modelo russo de estatização da economia , trazido ao Brasil por Getúlio Vargas, explica Sérgio Sodré DA Silva, , funcionário aposentado na CSN e cedido à prefeitura , após a privatização da CSN.


Na opinião de Sodré toda empresa precisa de um grande investimento inicial e o governo deve ser o grande investidor , mas com o tempo tem que sair. “O governo deve estar no início , já que é necessário que haja um grande investimento, mas com o tempo, o governo tem que sair , pois já provou que não é um bom patrão, disse. Segundo o ex-funcionário da CSN, cedido à prefeitura, de Volta Redonda, após a privatização, Na CSN aconteceu o mesmo que na Rússia. “A CSN foi , durante muito tempo, cabide de empregos. O número de empregados indicados por políticos era muito grande”, disse.


De acordo com Sodré, alguns produtos da CSN eram entregues a alguns deputados , que eram cotistas e a CSN, quando estatal passou a servir de instrumento de política econômica. “Delfim Neto taxou o preço do aço , mas da matéria-prima não. A CSN chegou a comprar a matéria-prima por um preço maior do que ela vendia o produto final, ao ponto do presidente da CSN da época dizer que o quilo do aço era mais barato que o quilo da banana”, afirmou.


No entanto, para Sérgio Sodré da Silva, a justificativa do governo para as privatizações de que com a venda das estatais se diminuiria a dívida pública mostrou-se infundada, já que a dívida pública só aumentou. Sodré critica o modelo como foi feita a privatização da CSN e culpa os políticos da época.


“A minha crítica é ao modelo que foi implantado. Na realidade, não se privatizou a empresa, se privatizou a cidade. junto com a empresa foram as terras , o hospital, a escola. Esta falha não está em quem fez a privatização e sim nos políticos da época, que se colocaram contra a privatização e não se preocuparam em negociar a forma como a privatização deveria ocorrer, que na minha opinião foi uma falha”, disse.


Para o ex-deputado federal, Deley Oliveira, não é uma questão de ser contra ou a favor da privatização, a questão é que faltou ao governo e à classe política a preocupação com o social.“Eu acho que, no governo Itamar, se privatizou “ao Deus dará “, com dinheiro do BNDES epelo simbolismo da CSN, por ter sido o berço da industrialização, Eu acho que na cabeça deles, pensaram que privatizando a CSN, privatizariam qualquer coisa, disse Deley.


“Naquele clima acirrado de privatiza ou não privatiza, o grande erro da classe política e do próprio governo foi não separar as coisas. Eu acho que a questão não é ser contra ou a favor da privatização, mas a minha grande queixa, em relação ao Benjamim e aos políticos da época, é que se privatizou, sem olhar para a questão social”, disse. o ex-deputado federal, que entrou com uma ação popular pedindo a restituição da titularidade pública dos ativos não operacionais da CSN que, atualmente, estão vinculados à empresa. Segundo o ex-deputado, o Desembargador do TRF4 que pediu vistas ao processo afirmou que em primeira estância deveria ter sido discutida a ocupação social dos espaços. “Não sei se vou ter condições para jogar isso para o processo em Brasília”, disse.


O edital e os ganhadores do leilão


Benjamin Steinbruch, acionista majoritário da CSN, do grupo Vicunha, um grupo do setor têxtil, que não tinha experiência no ramo siderúrgico, comprou a CSN, com moedas podres (dívidas do governo), por um preço abaixo do mercado e a partir da compra da CSN alavancou a sua carreira industrial. “Os compradores da empresa não eram da área de siderurgia.


Não houve, no edital, o compromisso dos noves operadores de investir na modernização da empresa e em aumentar a sua capacidade de produção o terreno de Itaguaí está, até hoje, abandonado, afirmou Sebastião Faria que era presidente da CSN na época e participou do processo.


A CSN diversificou os seus negócios e hoje, é um conglomerado, que pretende se internacionalizar e expandiu seus negócios, atuando nas áreas de mineração e na produção de cimento.


“Eu tenho observado que a CSN tem procurado mais investimentos, fora do setor siderúrgico e investido mais em mineração e a usina de Volta Redonda tem ficado relegada a segundo plano, disse Faria que observou , ainda, que deveria ter um compromisso da empresa em mitigar a redução do quadro de funcionários e fazer investimentos no sentido de absorver esses trabalhadores“


“Como a empresa, no processo de privatização, teve uma redução do seu efetivo, deveria ter sido feito um investimento para mitigar esta redução e absorver esta mão-de-obra”, disse.

 
 
 

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